Ando com sérios problemas em relação a dualismos.
Somos educados a ver o mundo assim ou o mundo é assim porque fomos dessa forma educados?

Absolutamente tudo de que me lembro se comporta em opostos, duos, e pares simétricos.

Porque?
Uma boa parte do nosso dia é perdido em actividades de contenção de entropia.
O mundo naturalmente tende à desordem (!..) , e coisas simples desde um escovar de dentes até ao resolver um problema matemático ou ao desenvolver uma teoria cientifica são um tributo a essa necessidade de ordem.
Quanto do nosso tempo perdemos diàriamente em tarefas que são mais do que de simples manutenção?

Amor, Arte, Voo, Pensamento. Quanto tempo?
O Ser humano perde uma quantidade terrível de tempo por pura obstinação. Nem sequer é teimosia pois é algo que não requer um oposto de forma a ser contrariado, e para mais não se manifesta ao nível do consciente.

Passamos horas a tentar alterar um traço num desenho, a diminuir alguns segundos numa medição que ninguém mais vai fazer, ou a tentar encontrar a solução de uma questão pelo caminho "complexo1", quando o caminho "simples2" muito mais eficaz. Acontece que "complexo1" foi a nossa primeira ideia...

Não é nenhuma novidade que o homem tem aversão a perdas. Tudo o que signifique uma perda em qualquer sentido é imediatamente confrontado com objectivo de contrariar essa tendência, basta agarrar em qualquer livro de behavioral economics que vamos encontrar este mesmo tipo de comportamento nos mais variados campos.

Mas o que é de facto uma perda? Será que é algo que tínhamos e já não temos ou é efectivamente algo que nunca passou pelo espectro da nossa existência? Por definição a resposta aponta para o primeiro, mas então como podemos definir a segunda hipótese? Parece me uma perda muito maior no sentido em que não há uma valorização do individuo com uma experiência que ele nunca vivenciou ainda que por um período limitado de tempo.