A coisa mais arriscada que se pode fazer em determinado momento da nossa vida é não arriscar. Nada é permanente, tudo é uma questão de tempo. Logo que isto foi interiorizado passei a viver num estado superior à natureza., tudo à minha volta se alterou.
Bom ou mau não é uma propriedade inerente às coisas, é a forma como as vemos
Nos últimos tempos teem sido frequentes certos comentários que oiço elogiando a minha coragem de ter vindo para Genève à aventura (qual Christopher McCandless)
Pensei que finalmente era exemplo de alguma coisa que os outros gostavam de seguir (embora ninguém siga). Depois chateei me com o elogio porque só quem não conhece o processo é que pode dizer isso.
A verdade é que nao há nada de coragem em todo este processo. Muito pelo contrário.
Tenho medo de errar, tenho medo de perder oportunidades, tenho medo de não viver tudo o que está ao meu alcance, de não ser tudo o que posso, de não fazer tudo o que a minha liberdade permite. Como tal, só havia uma coisa que eu podia ter feito. Coragem não foi vir, era ficar. Aquele que não se conhece é sempre um caminho potencialmente fantástico. Optar por ele não é mais que o uso racional da inteligência, nada de coragem nisso.
Coragem tem quem tem uma vida e não a vive. É audaz quem não se mexe, quem não arrisca, pois isso vai contra a própria natureza de um mundo que é entrópico e incógnito. E eu, eu não gosto de contrariar a natureza.
Bom ou mau não é uma propriedade inerente às coisas, é a forma como as vemos
Nos últimos tempos teem sido frequentes certos comentários que oiço elogiando a minha coragem de ter vindo para Genève à aventura (qual Christopher McCandless)
Pensei que finalmente era exemplo de alguma coisa que os outros gostavam de seguir (embora ninguém siga). Depois chateei me com o elogio porque só quem não conhece o processo é que pode dizer isso.
A verdade é que nao há nada de coragem em todo este processo. Muito pelo contrário.
Tenho medo de errar, tenho medo de perder oportunidades, tenho medo de não viver tudo o que está ao meu alcance, de não ser tudo o que posso, de não fazer tudo o que a minha liberdade permite. Como tal, só havia uma coisa que eu podia ter feito. Coragem não foi vir, era ficar. Aquele que não se conhece é sempre um caminho potencialmente fantástico. Optar por ele não é mais que o uso racional da inteligência, nada de coragem nisso.
Coragem tem quem tem uma vida e não a vive. É audaz quem não se mexe, quem não arrisca, pois isso vai contra a própria natureza de um mundo que é entrópico e incógnito. E eu, eu não gosto de contrariar a natureza.
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