I talked to her and I was trying To show her what she couldn't see Behind the flowers in a light she found the sun Behind the sad I showed her that life is pretty fun
If you don't know where I am, I'll be tchubirubing
Tendo naturalmente a privilegiar a acção face à espera. Num limite, a acção que não resulta leva a um compasso de espera na impossibilidade de explorar novas combinações activamente. Paradoxalmente a acção implica espera por novas variáveis.
Quem espera está na verdade a tomar uma acção, e quem age muitas vezes tem de esperar mais sem nada fazer que quem nada faz em primeiro.
Num sistema com entropia X procuro atingir uma combinação Y.
Ao agitar o sistema, aumento a entropia e logo diminuo a probabilidade de atingir Y. Ao deixar o sistema em repouso, Y vai naturalmente acontecer devido à entropia mas vai demorar mais tempo pois o sistema é menos entrópico. Agitar acelera a probabilidade de Y acontecer, mas aumenta a entropia o que desacelera novamente.
Agitar o sistema é simultaneamente benéfico e prejudicial.
Enquanto meio mundo assiste TV para se entorpecer, eu agito o sistema e aumento a entropia. O resultado final é o mesmo.
"Água quente, sob determinadas condições, pode congelar mais rápido do que água gelada, mesmo que tenha que passar pela temperatura mais baixa rumo ao congelamento." in wikipedia
O caos já me incomodava, era hora de arrumar as últimas coisas. Dá medo, mas é uma sensação fantástica de liberdade. Quem tem asas quer voar, e pra voar é preciso estarmos bem connosco.
Agora estou muito leve. Se calhar vou ter de trocar de asa.
Há não muito tempo atrás, alguém próximo seguiu um caminho errado por teimosia pura e obstinação. Pensei estar a fazer o bem ao demonstrar-lhe as desvantagens daquele caminho.
Com o ensaio, em vez de ensinar o caminho correcto aprendi que a vida não é um caminho. É um plano em que nos podemos mover em várias direcções. E agora? Alguém me vai ensinar que afinal não é plano, mas um espaço sem plano? E depois que não é espaço, mas são quatro dimensões, o tempo? E depois? Que afinal isto é disparate e não há caminho, nem direcção, nem plano?
Tenho o irritante hábito de fechar e abrir portas por onde passo. De desarrumar o que está a minha volta e só arrumar quando o caus me incomoda. E de detestar que organizem o meu caos sem o meu conhecimento.
Desconfio que este blog em alguma altura vai ser usado como um road book. Que alguém vai tentar perceber o que eu sou pelo que escrevo. Que vai ser usado para tomar decisões por alguém que não eu. Nada mais estúpido.
Nota: Apesar do post indeterminista anterior (o post passado, presente e futuro) sei muito bem de onde vim, aonde estou, e para onde vou. O percurso é que tem muitas vertentes, muitas possibilidades.
Aventura: Decidir mudar de vida é fácil no papel, mas exige um espírito de aventura gigante. Num ambiente estranho e sem uma estrutura de suporte que nos de alguma estabilidade tudo pode acontecer, de mau e de bom. Onde morar, Onde comer, como pagar as contas. Em parte é como um voo de cross no topo da térmica. Temos todo o potencial, mas não sabemos como o dia vai render. Aventura é o presente, cada dia que vivemos.
Desapego: Tenho algumas caixinhas com coisas guardadas que coleccionei ao longo dos anos. De algumas me desfiz, algumas esqueci, e algumas ainda desapareceram. Servem para abrir de vez em quando, quando falha a memória. A caixinha é o passado, e existe dentro ou fora de nós.
Acaso. Dizem que sou uma pessoa muito centrada no futuro. Talvez. Tenho o incomodo habito de pensar. Pensar leva me a construir modelos de todas as possibilidades futuras, o que torna o imprevisível e o acaso situações esperadas. Básico; o que é esperado é mais fácil de lidar. Só que nestas coisas facilmente nos provamos errados. A entropia no mundo é tanta que é impossível prever por todos os cenários, o que torna o futuro novamente futuro. Aquilo que é previsível não é futuro mas sim passado, e com o passado só nos resta aprender para transformar o presente. Por isso o futuro é acaso, e por acaso.
As vezes a gente faz coisas por teimosia, outras por fixação, e outras só pra provar que somos capazes.
Depois basta juntar as 3 fases e admirar o conjunto. Sim admito, é um exercício narcísico e quer isto dizer que eu fico f*didamente admirado com quem sou. Com todos os meus defeitos (heim?) não alterava um MM o projecto de mim mesmo
(ADVERTÊNCIA_: este post é resultado de uma moral e de um ego gigante, e o autor tem plena noção disso)
Todo o plano é uma carta de intenções. Um plano mestre, claro que tenho um. Aprendi que por vezes os planos devem ser modificados, por vezes se modificam a si próprios, e por vezes não são os melhores. Mas um plano é sempre um plano.
E o plano é trabalhar por 6 meses com uma família, aprender francês e me familiarizar com o lugar, para depois começar a trabalhar por conta própria. Nos primeiros temos em design, e a médio prazo criar uma empresa talvez noutra área, lá pra meados de 2010. Parece daqui a muito tempo, mas não é =]
No water that stagnates is fit to drink, For only that which flows is truly sweet. --- Imam al-Shafi'
Segundo Lao-Tzu (por certo um senhor importante) “Uma jornada de mil milhas começa com um simples passo." Só que por vezes aquilo que parece simples não o é, quer por força das circunstâncias quer por falta de clarividencia, mas o passo é necessário seja de que forma for.
Só um simples passo não é necessáriamente um passo pequeno, e no meu caso tem cerca de 2000km. Destiny Genève. Escolhida a dedo por ser uma excelente posição para um piloto de parapente.
Novo corte de cabelo, novas roupas, nova casa, novo emprego, novos amigos, tudo do zero. Em resumo é voltar a ver o mundo com os olhos de uma criança. Porque aonde tudo é novidade tudo com que podemos contar somos nós proprios, sem safety net, sem medo.
Porque às vezes o foco só nos permite ver uma estrela, quando uma supernova extremamente brilhante está prestes nascer com mais de 10 massas solares a num céu com milhões delas.